quarta-feira, 28 de março de 2012

Enfermagem gerontológica




A Enfermagem é uma profissão de destaque na assistência qualificada à saúde, ou seja, é esta categoria profissional, sob a coordenação do enfermeiro, que se responsabiliza pelo ato de cuidar. Ao tratarmos do cuidado à pessoa idosa, este cuidado intensifica porque a sutileza das manifestações é de uma especificidade muito grande. A Enfermagem Gerontológica, tem o objetivo de acolher e cuidar da população idosa, considerando sua totalidade biopsicossocial, estimulando o autocuidado, a autonomia e a independência. Propõe ainda dar suporte à sua família e comunidade na compreensão do processo de envelhecimento como parte integrante do ciclo da vida, minimizando os danos e seqüelas, visando à promoção da saúde e da qualidade de vida. Além do conhecimento específico em sua área de competência e o desempenho técnico adequado, o Enfermeiro Gerontólogo deve desenvolver aptidões e qualidades singulares como a maturidade e a capacidade de adaptação; a empatia e a sensibilidade; o humanismo e a ética; a objetividade e o espírito de crítica; o sentido social e comunitário; a flexibilidade, a visão ampla e a criatividade, tendo em vista que cada idoso é um ser humano diferente e diferenciado.
Os cuidados gerontológicos de enfermagem são singulares e correspondem às reais necessidades identificadas nos diferentes idosos. É necessário repensar a assistência de enfermagem ao idoso, associando a teoria à prática. Deve ser baseada na capacidade técnica de avaliação correta da problemática instalada, de intervenções educativas, preventivas, precoces e eficientes, além de conhecer os sistemas de saúde de apoio com os quais possa contar, considerando as suas limitações físicas, psíquicas e ambientais, sociais, econômicas e financeiras.
O processo do adoecimento tem um grande e extenso significado, para o idoso, familiares e cuidadores. A Enfermagem Gerontológica, fundamentada na ciência e na arte do cuidar da pessoa idosa, deve entender o cuidar como sendo uma atividade que vai além do atendimento às necessidades básicas no momento em que está fragilizado. Trata-se de assumir um compromisso com o cuidado existencial, que envolve o autocuidado, a autoestima, a autovalorização, a cidadania do idoso, dos familiares e cuidador.
O cuidador, seja ele familiar ou profissional, tem grande importância na assistência à pessoa idosa. Ele deve receber de toda equipe de saúde e principalmente da Enfermeira Gerontóloga, as informações necessárias para estar atento a sinais e sintomas da pessoa que está sendo cuidada.
Existem sinais e sintomas próprios do envelhecimento; são manifestações da senescência. É muito importante que o cuidador conheça e reconheça estas manifestações e as transmita para a enfermeira responsável pelo atendimento, que deverá dar as explicações cabíveis, tranqüilizando o cuidador e a pessoa idosa. Há ainda sinais e sintomas que caracterizam a senilidade, ou seja, manifestações que caracterizam um processo patológico ou de doença.
Mais importante ainda para o cuidador de idoso e a garantia da qualidade de envelhecimento da pessoa idosa é saber que estas manifestações não surgem agudamente; são extremamente sutis, e muitas vezes camufladas pela própria pessoa idosa, seja consciente ou inconscientemente. Um cuidador de idoso competente está sempre atento às mudanças da pessoa idosa e sempre as considera, mesmo que em um segundo momento estas manifestações possam ser desconsideradas.

terça-feira, 27 de março de 2012

Hino Enfermagem

Assistência Domiciliar



A assistência domiciliar é um conjunto de procedimentos técnicos realizados por profissionais capacitados em ambiente domiciliar, para pacientes que se encontram em um nível melhor de estabilidade clinica, no entanto necessitam de acompanhamento domiciliar para realização de procedimentos técnicos específicos como:

  • Acompanhamento e vigilância;
  • Curativos em geral;
  • Higiene e conforto (banhos, higiene oral e intima);
  • Medicações em geral;
  • Oxigenioterapia;
  • Sondagem vesical de alivio e demora e sondagem nasogratrica: Inserção, troca, remoção e cuidados gerais;
  • Troca de bolsas: colostomia, ileostomia, jejunostomia, cistostomia.
  • Verificação de Sinais Vitais ( pressão arterial, temperatura, pulso, respiração);
  • Entre outros.
  • Internação Domiciliar




    A internação domiciliar permite ao indivíduo retornar ao seu convívio familiar, tornando sua recuperação muito mais rápida, evitando infecções recorrentes do ambiente hospitalar, reduzindo as reinternações, devido ao trabalho de educação estabelecido para o paciente e cuidador, fortalecendo o auto cuidado e um ganho significativo na qualidade de vida. Esse recurso é usado para todas as faixas etárias com cuidado especializado, desenvolvido por profissionais técnicos de enfermagem em esquema de plantões de 6, 8, 12 ou 24 horas, supervisionados por enfermeiros capacitados e com experiência na área.

    Perfil do Paciente
    O perfil do paciente em assistência domiciliar inclui:
    • pacientes que se encontram no pré e pós-operatório que necessitam de auxilio;
    • pacientes com incapacidades físicas ou mentais decorrentes de seqüelas neurológicas ou de distúrbios em geral;
    • pacientes no pré e pós-parto;
    • pacientes idosos que necessitam de acompanhamento por estarem debilitados e/ou doenças crônicas;
    • pacientes que se encontram em fase terminal necessitando de cuidados paliativos;
    • pacientes dependentes de cuidados intensivos.

    O que é?





    A Assistência de Enfermagem domiciliar existe desde o início do século no Brasil, realizada por visitadoras sanitárias da Cruz Vermelha, na cidade do Rio de Janeiro, baseada no modelo assistencial americano, trazido por Carlos Chagas.

    Muitas pessoas não tem a expectativa de adoecer, mas as fatalidades podem acontecer em qualquer momento da vida, estabelecendo um quadro de saúde/doença que pode deixar seqüelas, para as quais se fazem necessários recursos assistenciais fundamentais para a manutenção do equilíbrio e melhora da saúde.

    A hospitalização é vista como uma ruptura do indivíduo com seu ambiente, muda seus hábitos e rotinas. O quadro de insegurança se estabelece, por estar fora de seu lócuo habitual. A internação domiciliar permite ao indivíduo retornar ao seu convívio familiar, tornando sua recuperação muito mais rápida, reduzindo as reinternações, devido ao trabalho de educação estabelecido para o paciente e cuidador, fortalecendo o auto cuidado e um ganho significativo na qualidade de vida.

    O atendimento personalizado é sempre preconizado pela equipe de atendimento domiciliar, com a finalidade de satisfazer plenamente às necessidades específicas de cada um, bem como favorecer a interação com a equipe técnica, dado pelo binômio profissional-paciente, estabelecida pelo vínculo rotineiro com o mesmo profissional, preconizado pelo modelo assistencial baseado no "Primary Nurse".

    Graças ao constante avanço de técnicas e aperfeiçoamento profissional, tratar um paciente em sua residência tornou-se a melhor opção para o cuidado de inúmeras doenças e, o mais importante, o tratamento domiciliar tem a mesma qualidade e eficiência que o recurso encontrado a nível hospitalar.

    Assistência paliativa no domicílio

    A assistência domiciliar, além de promover ou restaurar a saúde, também assiste ao paciente nos quadros terminais, aliando todos os recursos, num suporte de conforto, minimizando os efeitos incapacitantes naquelas doenças sem perspectiva de cura.

    Apesar de toda a evolução tecnológica, falar sobre morte ainda é um tabu, porque, além de se buscar sempre promover a vida, o morrer também faz parte do ciclo natural da vida.

    Para maioria da sociedade, morrer é um momento solitário e impessoal, porque, freqüentemente, o paciente é retirado de seu ambiente familiar e levado para um serviço de emergência, esquecendo-se que o doente tem sentimentos, desejos e opiniões, e, acima de tudo, o direito a ser ouvido. A evolução clínica, em muitos casos de doenças, pode necessitar apenas de conforto, descanso, paz e dignidade, o que não pode ser proporcionado no ambiente hospitalar. Decisões devem ser tomadas, em certos momentos da vida, onde temos que optar em recursos homéricos a nível hospitalar e esquecendo o indivíduo como ser humano ou deveremos reconsiderar nossos conceitos bioéticos, numa tentativa de proporcionar dignidade e paz.

    Se buscarmos assistir o paciente de uma forma holística, objetivando melhorar a qualidade de vida do mesmo, entendemos que aliviar o sofrimento físico, emocional e espiritual, bem como preparar o paciente e família para o evento final, também faz parte da assistência à saúde.

    Permitir que o indivíduo morra em paz e com dignidade, em seu próprio lar, é o trabalho que a equipe multidisciplinar e, principalmente, a área de enfermagem busca, promovendo o conforto e preparando a família e o paciente para o inevitável.

    Por outro lado, a equipe médica, nos cuidados paliativos a nível domiciliar, preconiza respeitar a questão humanitária, questionando e assistindo o paciente não com o objetivo único de prolongar a vida, mas sim diminuir o sofrimento humano.